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05/12/2025

Mutirão do Eletrônico Magalu destina 87 toneladas de resíduos eletroeletrônicos para reciclagem em São Paulo

Por Arlene Carvalho, do Movimento Circular

O Magalu, em parceria com o Movimento Circular, finalizou a 2ª edição do Mutirão do Eletrônico em São Paulo com um resultado histórico: 87 toneladas de resíduos eletroeletrônicos coletados e destinados corretamente para reciclagem. Um número que representa não apenas um marco operacional, mas a consolidação de um processo educacional e comunitário com educadores, voluntários, organizações parceiras e milhares de estudantes.

Ao todo, 99 instituições de ensino de diferentes bairros da Zona Norte de São Paulo participaram da iniciativa. Durante três meses, as escolas mobilizaram suas comunidades em torno de um objetivo comum: fazer eletrônicos circularem e garantir um descarte adequado do que já não tinha uso. 

Além da parceria com o Movimento Circular, que estruturou uma etapa formativa sobre Economia Circular para educadores, coordenadores e estudantes, o Mutirão contou também com a colaboração da Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (ABREE), responsável pela coleta e destinação do material, da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, por meio da Unidade Regional de Ensino Norte 2, do Centro Paula Souza, da Netshoes, da Positivo Tecnologia e do Grupo Mulheres do Brasil São Paulo

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Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magalu, esteve no evento. Foto: Roberto Sungi/Centro Paula Souza

Foram seis etapas ao longo da jornada: capacitação de educadores e coordenadores; engajamento dos estudantes e da comunidade; atuação dos voluntários Magalu junto às escolas, e dos alunos embaixadores da circularidade; arrecadação dos eletrônicos; e, por fim, a destinação adequada realizada pela ABREE. 

Evento de encerramento do Mutirão Magalu
Evento de encerramento da segunda edição do Mutirão do Eletrônico Magalu. Foto: Roberto Sungi/Centro Paula Souza

Para Natália Proença, coordenadora de impacto ambiental no Magalu e à frente da segunda edição do Mutirão, a trilha formativa do Movimento Circular, contratada pelo Magalu especialmente para a ação, mostrou o quanto educação e impacto caminham juntos:

“O resultado foi extraordinário, tanto no engajamento dos alunos quanto no volume coletado. E o suporte educacional do Movimento Circular foi essencial para o sucesso do Mutirão. A  trilha formativa permitiu  que as escolas chegassem preparadas para a etapa de arrecadação dos resíduos, compreendendo os conceitos de Economia Circular e reciclagem”, comenta.

Vinicius Saraceni, diretor geral do Movimento Circular, destaca que o montante coletado revela um potencial ainda maior para os próximos anos. Para ele, iniciativas como o Mutirão do Eletrônico demonstram que a circularidade se consolida quando diferentes setores se unem por um propósito comum.

“Dizer que ficamos felizes com o resultado é pouco. Todos os números superaram as expectativas e mostraram como, quando a arrecadação está inserida em um contexto significativo, o impacto educacional e ambiental se multiplica. O Mutirão reforça que a Economia Circular só se concretiza com colaboração - entre escolas, parceiros e comunidades. E foi exatamente essa união que tornou o projeto tão potente”, declara.

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Vinicius Saraceni, diretor geral do Movimento Circular, no evento de encerramento do Mutirão do Eletrônico Magalu. Foto: Reprodução/Movimento Circular

Para Roju Santana, gerente do projeto no Movimento Circular, a força do Mutirão está justamente na combinação entre capacitação, mobilização e ação prática, que transforma escolas em polos de circularidade e consciência ambiental. Ela aponta que o engajamento das comunidades escolares evidencia que a educação é a base da transformação.

“O Mutirão do Eletrônico demonstrou uma capacidade de mobilização e impacto notáveis. O contato diário com as escolas me permitiu constatar que a principal motivação não era a premiação, mas a possibilidade de engajar toda a comunidade escolar em torno de uma causa coletiva, com benefícios para toda a sociedade”, detalha.

Edson Grandisoli, embaixador e coordenador pedagógico do Movimento Circular, reforça a relevância da capacitação dos educadores:

“A etapa de capacitação é fundamental, pois amplia o conhecimento e a compreensão de pontos centrais ligados à Economia Circular e gestão responsável de resíduos, abrindo portas para a criação de diferentes caminhos de ação que dialogam com a realidade de cada escola.”

Como entidade responsável pela coleta e destinação, Robson Esteves, presidente da ABREE, reforça que o trabalho conjunto entre poder público, iniciativa privada e sociedade é essencial para consolidar a logística reversa de eletroeletrônicos no país, garantindo que os materiais retornem à cadeia produtiva com segurança ambiental. 

“Quando poder público, iniciativa privada e sociedade civil atuam de forma integrada, conseguimos garantir que os resíduos eletroeletrônicos retornem à cadeia produtiva com segurança e eficiência, reduzindo impactos ambientais e promovendo a Economia Circular. Iniciativas como esta demonstram que a mudança acontece de fato quando chega às comunidades e transforma hábitos cotidianos”, afirma.

Premiações.
Os ganhadores levaram para casa diversos notebooks. Foto: Roberto Sungi/Centro Paula Souza

Escolas vencedoras

O Magalu estabeleceu três pódio separados:um para as escolas estaduais, um para as particulares e outro para as ETECs. Entre as estaduais, o Ouro ficou com a E.E. Francisco Voccio, que arrecadou 3.855 kg, totalizando 12,6 kg por aluno. Pedro Miranda Carneiro, diretor da instituição premiada com 40 notebooks, aponta a importância de ampliar conhecimentos,

“Percebemos com o mutirão que ainda há muito o que aprender sobre sustentabilidade e sobre lixo eletrônico. Acredito que o tema deveria fazer parte do currículo e do conteúdo das aulas; e deveria fazer parte da grade curricular do Estado de São Paulo. Foi o início de uma transformação no pensamento dos nossos estudantes e da comunidade em geral”, explica.

Na categoria, a Prata foi para a E.E. Doutor Sócrates Brasileiro, com 1.933 kg e média de 7,7 kg por aluno, garantindo 15 notebooks; e o Bronze ficou com a E.E. Prof. Maria Antonietta de Castro, que somou 2.047 kg, alcançando 5,8 kg por aluno e premiada com 10 notebooks. 

Nas escolas particulares, o Ouro foi conquistado pela Escola de Educação Especial São Judas (foto destaque desta reportagem), que reuniu 1.471 kg, média de 9,2 kg por aluno e recebeu 10 notebooks. Antoinette Simão, mantenedora da escola, afirma que participar do mutirão foi desafiador, mas com resultados surpreendentes.

“Estamos muito agradecidos ao Magalu, por tudo o que vocês proporcionaram aos nossos alunos. Tudo o que vivenciamos na escola foi a união, que faz toda a diferença em qualquer área, mas especialmente na educação”, comenta.

A Prata ficou com o Colégio Escalada, que arrecadou 489 kg, equivalente a 6,1 kg por aluno, e também ganhou 10 notebooks. 

ETEC Doutora Maria Augusta Saraiva
Vencedores da ETEC Doutora Maria Augusta Saraiva recebem as premiações. Foto: Roberto Sungi/Centro Paula Souza

Já entre as ETECs, o destaque foi a ETEC Doutora Maria Augusta Saraiva, vencedora com 1.887 kg, média de 3,4 kg por aluno e premiada com 10 notebooks. Renato Souza, superintendente da ETEC, menciona os aprendizados possibilitados pelo Mutirão.

“Aprendemos muito a respeito da economia circular e da força que ela possui dentro da educação e na formação de novos profissionais. Nossa ETEC é uma escola de formação técnica profissional e trazer esse tema para a formação geral dos alunos foi essencial”, detalha.

Voluntários empenhados

Um total de 199 voluntários do Magalu contribuíram diretamente para o engajamento das escolas e comunidades envolvidas, com presença nas escolas ao longo da campanha. Os que mais se dedicaram foram homenageados.

Resultados
Os resultados do Mutirão do Eletrônico Magalu foram surpreendentes. Na imagem, Ana Luiza Herzog, diretora de reputação e sustentabilidade do Magalu. Foto: Roberto Sungi/Centro Paula Souza

Impacto real

Além das 87 toneladas de resíduos destinados adequadamente, o Mutirão deixou um legado educacional e socioambiental significativo. Ao todo, 73 mil estudantes foram impactados pelas ações, mais de 290 educadores receberam certificação como Embaixadores da Circularidade, e a etapa de capacitação alcançou 94% de aprovação entre os participantes. 

A mobilização demonstrou que a Economia Circular ultrapassa a dimensão teórica e se materializa em ações concretas. E revelou que a mudança cultural em torno do descarte de eletroeletrônicos, entre outros materiais, pode ser construída de forma contínua. A primeira edição o Mutirão, em 2024, na cidade de Franca, evidenciou o enorme potencial de mobilização das escolas e comunidades, e segunda etapa na Zona Norte de São Paulo, ampliou significativamente esses resultados, com impacto positivo ainda maior em termos educacionais.

Os avanços entre as duas edições mostram que, quando a circularidade é incorporada ao cotidiano, a consciência se expande, a participação cresce e a reciclagem passa a ser percebida como um caminho natural. Ao aproximar teoria e prática, o Mutirão reforça a urgência de evoluirmos de um modelo de consumo linear para uma relação mais responsável com os recursos, princípio intrínseco ao DNA do Movimento Circular e alinhado ao compromisso do Magalu com a logística reversa.

Confira o vídeo de balanço do Mutirão do Eletrônico 2025:

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