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04/10/2024

Através da Economia Circular, projeto transforma plástico descartado nos oceanos em produtos e oportunidades

Conheça mais sobre o Projeto Oceano +Clean, uma iniciativa que, desde 2022, alia a conservação dos oceanos à Economia Circular. Por mês, o projeto fornece entre 25 e 35 toneladas de plástico reciclado para diferentes projetos e produtos.

Por Arlene Carvalho, do Movimento Circular

Você sabia que, a cada minuto, um caminhão de resíduos não tratados é despejado nos oceanos? De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), isso soma cerca de 660 milhões de toneladas por ano de metais pesados, produtos químicos, resíduos eletrônicos e plásticos, os quais representam 85% do total desses resíduos. São 50 kg de plástico por metro de costa em todo o mundo. Se pensarmos apenas no Brasil, por exemplo, que tem a linha de costa medindo cerca de 7600 km, esse valor representa, ao ano, 382.000 toneladas de plástico jogados nos oceanos.

Com base nessa realidade, o Grupo Clean Plastic e Raposo Plásticos, parceiro do Movimento Circular, se uniu à ONG Eco Local Brasil, em 2022, para criar o Projeto Oceano +Clean. Essa iniciativa socioambiental busca limpar as praias brasileiras e proteger a vida marinha da poluição, além de dar um novo uso para os plásticos descartados incorretamente.

“Um dos nossos diretores aqui do Grupo Clean Plastic e Raposo Plásticos viu um projeto parecido numa feira e quis replicar a ideia. Por meio de pesquisa, nós encontramos a ONG Eco Local Brasil, que já atua nesse campo há mais de 20 anos, e os convidamos para executar esta ideia”, afirma o gerente de desenvolvimento do Grupo Clean Plastic e Raposo Plásticos, Rafael Bringel.

 

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Foto: Reprodução/Youtube/Tramontina


O foco inicial do projeto foi a coleta e reciclagem de resíduos plásticos nas praias e áreas de restinga, com ações em estados como Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro. Segundo Bringel, já existe um plano de expansão para outras regiões do Brasil.

“Queremos replicar em praias do litoral do nordeste brasileiro. Inicialmente, o plano é expandir para praias como Mamanguape e Cabo, em Pernambuco; e outras no Ceará”, conta o gerente. “O plano é expandir o processo de coleta para outras regiões e aumentar o volume de resíduos coletados e retirados do meio ambiente. Queremos torná-lo conhecido em diferentes regiões, não só no Brasil, para que outras empresas se inspirem e realizem o mesmo processo e, assim, teremos plena certeza que o projeto funcionou”.

Para Bringel, o projeto é visto como uma forma de compensação pelos danos ambientais causados pelo descarte incorreto de resíduos. Isso conecta a iniciativa diretamente aos princípios da Economia Circular.

“O projeto atua limpando as praias do litoral brasileiro do efeito causado por resíduos que foram descartados incorretamente na natureza, essa ação apresenta uma solução para que estes resíduos possam retornar à cadeia da reciclagem e transformação. Com isso, evitamos que milhões de animais sejam afetados e garantimos nossas praias e oceanos mais limpos”.

 

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Foto: Divulgação


Mais números

Em 2023, a iniciativa retirou cerca de 120 toneladas de resíduos da faixa de areia de Santa Catarina e do Paraná. E mesmo que não seja diretamente reutilizado na indústria plástica, esse resíduo pode ganhar um novo destino.

“O que não vira plástico, pode ser transformado em outros produtos, como bancos de praça e bases para pontos de ônibus, desenvolvidos pela própria ONG Eco Local Brasil. O importante é que nada volta para o lixo”, explica Bringel.

Um dos maiores desafios é a coleta in loco, além da correção das propriedades dos materiais degradados pela névoa salina e pelos raios UV. Mas afinal, como funciona todo esse processo?
 

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Imagem: Thiago Egg/Movimento Circular


Tramontina e parcerias

O Projeto Oceano +Clean fornece entre 25 e 35 toneladas de plástico reciclado por mês, para diferentes projetos e produtos. O material é utilizado por empresas de embalagens de produtos de limpeza e também pela Tramontina, que se tornou a principal parceira do Projeto Oceano +Clean.

“A Tramontina desenvolveu duas cadeiras com a utilização do plástico vindo do projeto Oceano +Clean. Eles reduzem a pegada de carbono desses produtos e também utilizam o selo da iniciativa. Nosso feedback tem sido sempre positivo, inclusive, outros clientes e parceiros de negócios se candidatam para participar de ações de coleta em praias junto ao time da Eco Local Brasil. Isso só incentiva para que façamos o projeto avançar mais e mais com esta solução de consumo consciente”, destaca Bringel.
 

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Foto: Reprodução/Tramontina


Por fim, ele enfatiza que iniciativas como o Oceano +Clean podem mudar a percepção da sociedade sobre os resíduos plásticos, mostrando que eles não são lixo, mas sim matéria-prima valiosa para novos produtos.

“Através de iniciativas como essa, conseguimos reduzir o consumo de resinas termoplásticas de fontes fósseis, consequentemente, reduzir o consumo energético e geração de gases de efeito estufa, manter nossas praias limpas e proteger a vida marinha. É uma iniciativa de movimento circular que mira alcançar um mundo mais sustentável”, finaliza.
 

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