
16/04/2025
Saberes ancestral e acadêmico em diálogo sobre Economia Circular
Por Arlene Carvalho, do Movimento Circular
O que é a Economia Circular, senão um modo de vida que se propõe a continuar progredindo ao mesmo tempo em que respeita tudo o que existe?
Muito antes de o conceito de circularidade ganhar espaço nos fóruns internacionais, nos relatórios de sustentabilidade e na mídia, os povos indígenas já o praticavam — e seguem praticando — com sabedoria, profundidade e uma conexão única com a Terra. Tão especial que a nomeiam de mãe: Mãe Terra ou Pachamama. Ser circular é devolver à natureza o que dela se retira. É cuidar do que se compartilha. É saber que tudo tem um ciclo, e que esse ciclo depende do equilíbrio entre humanos e o planeta.
Para marcar o Dia dos Povos Indígenas, comemorado no próximo dia 19 de abril, convidamos duas mulheres de força e pensamento potente para uma troca de saberes sobre a temática. Uma delas é a embaixadora do Movimento Circular, professora e pesquisadora da Universidade de São Paulo, Sueli Angelo Furlan — referência na área da Geografia e em Educação Ambiental. A outra é Jera Guarani, liderança à frente da aldeia Tekoa Kalipety, no extremo sul do estado de São Paulo, que se tornou um símbolo de resistência, regeneração e recuperação de áreas degradadas.
Nesta troca de cartas, elas estabelecem um diálogo entre o conhecimento acadêmico e o saber ancestral - primordial neste Ano da Economia Circular e no contexto de policrise que vivemos, onde as mudanças climáticas se intensificam a cada dia e afetam a qualidade de vida de todo o planeta.
Desse modo, convidamos a todos a ler, refletir e aprender com quem entende que circularidade não é tendência: é herança viva, é prática cotidiana, é compromisso com a continuidade da vida.
Confira os áudios e as transcrições das cartas da embaixadora Sueli Furlan e da liderança indígena Jera Guarani abaixo: