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03/07/2021

Movimento Circular premia vencedores de concurso

O que você faria para criar um mundo sem lixo? A FEBRACE (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia) recebeu dezenas de projetos no primeiro semestre de 2021 sobre uma nova forma de o mundo funcionar, que foram selecionados para o 1º Prêmio Por Um Mundo Sem Lixo. Os três primeiros colocados ganharam um curso de três aulas sobre economia circular. O grande campeão ainda levou outro super prêmio: uma mentoria sobre o seu projeto, realizada pelo Movimento Circular.

O projeto escolhido foi criado pelo estudante de Design Digital Vitor Ramos, de 18 anos, em parceria com os colegas Gabrielle Barbosa e Mateus Pádua. O trabalho, orientado pelo professor Sérgio Marques, foi realizado no fim de 2020, como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) dos estudantes e acabou sendo batizado como SmartHummus. Trata-se de uma composteira doméstica automatizada e integrada a um aplicativo de celular.

“A composteira é uma estrutura com três caixas empilhadas onde acontece a compostagem, ou seja, a transformação da matéria orgânica em compostos orgânicos que podem ser utilizados como adubo e chorume”, explicou Vitor. “Nesse processo a gente usou minhocas e o diferencial do nosso projeto é que buscamos utilizar o conceito de IOT, a internet das coisas, porque vimos um grande potencial do uso na composteira”, continuou.

O SmartHummus possui sensores que informam através do aplicativo dados como temperatura, umidade, nível e os gases produzidos. O público-alvo, explica o estudante, são pessoas que mantêm em suas casas hortas ou jardins.

Quando venceu o prêmio, Vitor conta que o grupo não tinha grandes pretensões de tocar o projeto para frente, mas após as aulas ministradas pelo Movimento Circular e a mentoria que os jovens receberam, essa realidade mudou. “As aulas me deram uma boa visão sobre economia circular, que eu não tinha antes. Conseguimos enxergar muito melhor como o nosso projeto se encaixava nisso. Já a mentoria com o professor Edson Grandisoli e com Vinicius Saraceni nos fez ver as potencialidades do nosso projeto individualmente, tirando dúvidas técnicas que tínhamos e ensinando como a gente poderia apresentar nossa ideia a interessados.”

O professor Dr Edson Grandisoli, que faz parte do Movimento Circular, conta que ficou feliz em ver os jovens despertando para a economia circular. “Eles não foram provocados a criarem projetos especificamente sobre essa temática, mas, quando vimos os trabalhos inscritos, grande parte tinha a ver com economia circular. Foi uma agradável surpresa. Durante as aulas, eles puderam fazer a relação entre o assunto e os projetos que desenvolveram”, contou o professor.

Para Vinicius Saraceni, coordenador do Movimento Circular, iniciativas como o prêmio da FEBRACE estimulam o diálogo sobre economia circular e a participação de jovens na construção de um mundo mais sustentável. “Queremos cada vez mais trazer a sociedade para junto, com o objetivo de levar essa agenda a cada vez mais pessoas que nos ajudem a criar soluções para a construção de um mundo sem lixo”, argumentou.

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